quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

4º Dia - Mar del Plata

Passamos o dia passeando por Mar del Plata. É uma cidade meio que parecida com Bs As, só que tem mar. Aqui é tudo muito certinho, chega a perder a graça até. Cerveja só nos bares e restaurantes do outro lado da avenida, na praia nem pensar. Aqui pode-se alugar por um dia tendas, piscina, etc. na beira do mar, as tendas tem até rua.
Agora nada a ver a areia e a qualidade da agua, Porisso que os gringos vão pra SC. Falando neles, os caras são doidos pela nossa terra, olham a placa e vem conversar, "sacar" fotos e falar bem do Brasil e em especial das mulheres e da caipirinha, coisa simples que aqui não tem.
Depois de costear toda a orla fomos até o parque fechado do Dakar dar uma olhadinha básica: O local escolhido é show. Dentro da Base Naval Argentina, tudo pode ser visto lá, até uma Fragata Argentina simplesmente sensacional.
É uma pena não poder acompanhar o Dakar 2012 mas 2013 já ta chegando, então é só aguardar.
O Luiz já está em casa, o Nico também e isso é bom. O Luiz já confirmou 2012/2013 Ushuaia. Quem sabe !
Sairemos amanhã de madruga para Buenos Aires ver alguns acessórios para a moto do Henrique e depois voltamos para casa.
Como dizem os hermanos. Suerte.










3º Dia - Tacuarembo - Mar del Plata (Arg.)

Saimos após o contato com o Luiz de Tacuarembo com destino inicial Azul (Sede internacional do Avai no exterior). Passamos novamente onde aconteceu o acidente e o Henrique travou, veio com os dois pés no chão. Foi até meio cômico porque o trabalhador da obra vinha acompanhado-o ao lado. Os trabalhadores estavam orientando melhor os motoristas, coisa que eles deveriam ter feito no dia anterior.
Seguimos tranquilos, fizemos a saída do Uruguai em Paysandu e adentramos na Argentina.
Já sabia que na RN 14 teríamos problemas com os policiais de Entre-Rios e não deu outra. Fomos parados por eles e já vieram dizendo que passamos num radar a 115 km quando era 80 km. Vejam só, jamais ando nessa velocidade. Nos encaminharam para falar com o Sargento Bravo (FDP) e o cara era foda. Falei que tínhamos respeitado os limites, que era um engano, que o Henrique já era avô, etc. não tinha jeito. Era pagar ou pagar, o FDP mostrava uma multa já aplicada a um brasileiro de $ 314,00 ou R$ 167,00, ou US$ 80,00. Falei que não tinha dinheiro, que trabalhava na Justiça no Brasil e que queria a foto. Ele pegava o rádio e perguntava a outro FDP que devia estar escondido no escritório a qto tinhamos passado.
Não aguentava mais aquela situação, o Henrique já procurava o dinheiro e eu resolvi encarar. Falei que não iria pagar e que iria ligar para o Consulado e que queria o nome de todos os policiais (eu tremia mas banquei a história). Ele me pediu a carteira de asdvogado, entregurei a do Tribunal, ele saiu e eu pensei.... fudeu !!!
Quando ele volta ele pega um bloco, pede os documentos e começa a preencher uma Acta de Notification. Pensei, ferrou, vão ficar com as motos presas.
Que nada, era um aviso que estavamos transgredindo as leis, que iriam mandar a foto para o endereço informado e que se fossemos pegos novamente, a coisa ia ser bem pior. Devolveu os documentos a sumimos. O Henrique não passava mais de 60 Km qdo era 80 Km, 100 qdo era 80, etc.
Que sufoco !!!
Como vi que a viagem estava rendendo optei por tocar até Mar del Plata e acabei atravessando toda a RP 6 que contorna Buenos Aires, movimento gigante demais. Os pedágios são liberados assim que começa o buzinaço, coisa que deveriamos fazer aí.
Confesso uma coisa, é bem melhor viajar pro outro lado da Argentina, aqui nessa região tem muito movimento e a paisagem é bem mais feia que o deserto e as cordilheiras.
No caminho da Plata encontramos muitos carros do Dakar, o que me animou um pouco. Chegamos em Mar del Plata as 21:00, com sol.
Foram mais de 1.000 Km em 13 hs de viagem. Mar del Plata é gigante, saimos para comer e andamos um pouco. Hoje vou postar mais informações sobre a cidade.




O Henrique esperando a Acta de Notification, e eu loco pra disparar embora



Sol das 21:00

2º Dia da Viagem - Santana a Tacuarembo (Uruguai)


Dia de viagem que não gostaria de registrar !!!!

Saimos de Santana cedo pois seriam 970 Km até Azul (argentina). Começamos a viagem fazendo a aduana com um simples carimbo de passaporte, da moto não pediram nada, chega a arrepiar porque qualquer um passa com moto ou carro sem apresentar os documentos.
Feito isso seguimos que nem galo em galinheiro até que após 80 Km de Tacuarembo num trecho em obras o Luiz perdeu o controle da moto e caiu. O Nico que estava a frente dele se assustou e caiu também. Eu já tinha passado e o Henrique também, atras vinham o Renato e o Calico.
O Nico fraturou a clávicula e o Luiz teve escoriações leves, só uma pedrinha que entrou na bota que depois o obrigou a levar 6 pontos.
A partir desse momento muitos anjos apareceram. Num posto de gasolina que paramos antes do acidente, trocamos acenos com um casal uruguaio muito simpático, esse casal chegou junto quando aconteceu o acidente e a esposa era médica e ele Coronel aposentado. Na hora ela começou a atender o Luiz e o Nico e ele começou a ligar pro hospital e para a policia. No hospital tinha uma sobrinha que trabalhava como enfermeira que muito bem nos atendeu.
Assim que os dois foram removidos de ambulância para o hospital, recolhemos as motos e rumamos para o povoado de Tambores. Nesse ponto outro anjo merece destaque, o Sargento Valério, pois o mesmo pilotou a moto do Nico por 80 Km e a do Luiz veio na viatura da policia.
Fomos então para o hospital e o Valério ficou agilizando o BO e se comprometeu a levar as bagagens até Tacuarembo.
Liguei do hospital para o Kojak (amigo BR de Santana) que na hora acionou a rede Brazil Riders e solicitou ajuda do Cardozo que mora em Tacuarembo. Após o atendimento fomos todos para a casa dele e dali agilizamos as coisas.
O Cardozo foi buscar a moto do Nico, após arrumar uma picape que depois foi usada para levá-los até Santana.
Aí eram 6 da tarde, eu eo Henrique resolvemos ficar na cidade porque o dia foi cansativo. Tinha resolvido retornar para Santana mas após ligar para o Luiz ele me garantiu que tava tudo encaminhado, o Kojak já estava resolvendo as coisas.




Na Aduana Uruguaia


Aduana onde não se pede documentos da moto
A garagem da policia em Tambores e o Valério




Todo lugar tem cachorro, esse vive na aduana


A moto do Luiz pegando uma carona e as britas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Floripa a Santana do Livramento

Que dia maravilhoso, bons amigos, moto em cima, estradas tranquilas, paisagens fantasticas ... Enfim o que querer mais ?
Saimos as 5:40 de Floripa com uma temperatura ideal pra uma viagem desse tamanho. O Titi nos acompanhou ate Porto Alegre onde aguardara seus parceiros para A Carreteira Astral. Chegamos em Santans do Livramento e nos aguardava o BR Kojak que nos apresentou a Toca e nos auxiliou na CV.
Fizemos a aduana e agora é só alegria.










sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Porque viajar é preciso.

Faltam 3 dias para mais uma aventura em terras argentinas e uruguaias. É o quarto ano consecutivo que vou para lá de moto e muitos me perguntam o porque disso. Ir para lá é deslumbrar-se com as altas montanhas da cordilheira do Andes; a exuberância da selva subtropical, com as imponentes cataratas do Iguaçu; lagoas, estepes e rios com característica da mesopotâmia; as imensas chanuras e mesetas, os desertos dos altiplanos as cores do noroeste, os majestoso glaciais, lagos e bosques da Patagônia; praias espetaculares sobre o Atlântico; vinhas e bodegas onde se produzem excelentes vinhos para a exportação; as serras de Córdoba ou Tierra del Fuego, com Ushuaia e o Farol do Fim do Mundo como ante-sala ao vasto e enigmático território antártico.

Com numerosos parques nacionais e provinciais que protegem as espécies da flora e fauna autóctone, como a baleia franca austral, o pingüim magallanicos e os delfins.
É uma terra que preserva a riqueza da sua cultura indígena: mapuches, tehuelches, onas, guaranies, matacos, tobas, com uma marcada presença em algumas regiões; a terra dos gauchos, as estancias e a região da pampa com seus longincuos horizontes; tango, musica popular símbolo dos subúrbios portenhos.
Uma pais no qual sua diversidade se vê refletida nas atividades, um convite constante ao: relax em termas e spa, tours gastronômicos com menu internacional e típico; tours de compras pelos modernos shopping ou feras de artesanato, turismo aventura em territórios ainda não explorados. Golf em campos perfeitos, pesca em todas suas variedades; turismo paleontológico e arqueológico e outros infinidade de opções, que o turista pode descobrir no momento que pisa este território tão generosamente inesgotáveis. (www.welcomeargentgina.com)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dakar - Preparativos



Em Mar del Plata estarei visitando o parque fechado do Dakar 2012. É a 4ª vez que de alguma forma "participo" do Dakar. Em 2009 foram 8.500 Km acompanhando-o (DAKAR 2009), em 2010 sofri uma queda em  Buenos Aires que me obrigou a abortar a viagem em Fiambalá (DAKAR 2010) e em 2011 encontrei o Dakar em Iquique (Chile) quando estava voltando do Peru.





Mar del Plata - 3º Dia

Conhecida como o “Ciudad Feliz”, Mar Del Plata fica localizada na província de Buenos Aires, é o balneário mais badalado da Argentina. Inicialmente chamado de Costa Calana e Cabo Lobos, recebeu dos argentinos o apelido : Mardel. Na alta temporada, o verão, a população local de 700 mil habitantes ultrapassa fácil a marca de 1 milhão, e fica perto de dobrar. Da segunda quinzena de dezembro ao final de janeiro, os preços tendem a ser mais altos.
A chegada de uma linha ferroviária em 1886 encurtou os 400 Krm que a separam de Buenos Aires, e os cosmopolitas portenhos começaram a construir suas casas de verão ali. Ao longo do século 20, Mar del Plata foi virando um centro urbano sofisticado e moderno, capaz de acomodar eventos como os Jogos Panamericanos, em 1995.


Cidade de Azul - Argentina - 2º dia

CIDADE DE AZUL - ESTADO BUENOS AIRES
Distância: 300km da Cidade de Buenos Aires
Populaçao: 62.385 habitantes
Fundaçao: 19 de julho de 1865

Foi o antigo forte de San Serapio màrtir do Arroyo Azul, cuja construçao ordenou o Governador Juan Manuel de Rosas como defesa para evitar o avanço dos ataques indígenas. Nesta zona habitam os "tehuelches", que denominavam a seu territòrio Callvú-Leovú, o "o arroio do Paìs Azul". Atualmente é um dos centros mais importantes de criaçao de gado. Devido a produçao de mel de excelente qualidade, Azul é tambèm chamada Capital do mel.




Santana do Livramento - RS

Situada na chamada fronteira oeste do estado, juntamente com outros municípios, integra a região fisiográfica da Campanha, que perfaz uma área total de 62.681 km² o que representa aproximadamente 22% da área territorial do Rio Grande do Sul.

Ainda na estrada, é possível vislumbrar um dos principais cartões postais do município - o Cerro de Palomas (A 20 km da cidade, entrando pela BR 158). Próximo dali, situam-se três importantes vinícolas: Cordilheira de Sant'Ana, Almadén e Santa Colina. Logo na entrada da cidade está o Parque Municipal do Lago do Batuva (na Vila Planalto), onde há um lago artificial que oferece sombras majestosas em uma grande área verde, com praça de recreação e quadras para prática de esportes.

Mais ao centro do município encontra-se a estação férrea, construída em 1906 e que, embora desativada, ainda recebe visitantes que buscam conhecer o prédio histórico por onde passou até mesmo o presidente Franklin Roosevelt.

Ainda no centro da cidade situa-se o Parque Internacional, símbolo de integracao das cidades de Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai. As duas cidades sao conhecidas como Fronteira da Paz ou La Mas Hermana de Todas Las Fronteras del Mundo. A cidade vizinha de Rivera oferece aos turistas freeshops e boas "parrilladas" na Rua Sarandi (avenida principal). Mais afastada da cidade (BR 293 - a 10 km da sede), encontra-se uma zona de preservação ecológica - Parque Ibirapuitã.

A região também oferece aos visitantes turismo rural com passeios e roteiros temáticos por estâncias, museus e charqueadas. O Pampa Gaúcho, uma das mais belas regiões do Rio Grande do Sul, foi cenário do principal acontecimento político-militar do Sul do Brasil, no século XIX, a Revolução Farroupilha.


Enfim acho que não passarei em branco esse ano

Saio dia 26/12 em direção a Santana do Livramento, Azul (ARG), Mar del Plata, San Clemente del Tuyú, Quilmes... A partir daí vamos ver como será.
Até Azul acompanharei o Luis Henrique, Renato e Calico que estarão a caminho do Ushuaia (www.raidushuaia2012.blogspot.com). De Azul vou dar uma olhada nos preparativos pro Dakar 2012 (www.dakar.com) em Mar del Plata, e depois disso vou fazer a costa leste da Argentina até Tuyu, começando aí a volta para casa via Quilmes.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Além de ser um veículo de transporte, a moto é um excelente 'veículo' de socialização

Passear ou viajar de moto combate o estresse
Além de ser um veículo de transporte, a moto é um excelente 'veículo' de socialização

Por Valéria Meirelles

Este artigo surgiu da necessidade de se falar sobre a qualidade de vida associada ao motociclismo. Como no universo científico não encontrei nada a respeito desse assunto especificamente, resolvi criar um instrumento próprio e bem simples de pesquisa, que me possibilitasse ter material para análise. Então optei por fazer uma pergunta: "Quais os efeitos da moto em sua vida?", que foi respondida por diferentes usuários de moto.

Responderam à minha pergunta 25 motociclistas, homens e mulheres, com idade entre 35 e 63 anos, integrantes do Pégasus Moto Clube, da cidade de São Paulo. Algumas respostas foram emocionantes depoimentos de vida. Eu as dividi em três categorias, tomando como base a freqüência com que foram dadas: socialização; estresse; e liberdade (aventura/desafio).

Foto: Pegasus Motoclube SP

Socialização
Os motociclistas foram unânimes em afirmar que o sentimento de pertencimento a um grupo, a amizade e solidariedade, sem discriminação ou preconceito, é um importante ganho advindo da moto. Principalmente o motociclista 'estradeiro' (aquele que utiliza a moto mais para lazer e viagens), se sente mais seguro sabendo que pode contar com a solidariedade de companheiros em casos de emergência.

Numa sociedade competitiva como a atual, estar num grupo com interesses comuns e colaborativos contribui para que o indivíduo se sinta acolhido. Esse apoio não se restringe somente à estrada, mas a outras esferas da vida.

Depoimentos

Quais os efeitos da moto em sua vida?

"Acho que o maior benefício é ter muitos amigos";

"Oportunidade de fazer novos amigos. Depois que comecei a andar de moto, conheci muita gente boa, pessoas que se reúnem para descontrair, para trocar experiências e às vezes até para desabafar, com sinceridades e sem cobranças";

"Por causa dela (moto), tive uma mudança no convívio social muito boa";

"Ela (moto) une as pessoas, faz com que possamos ampliar nosso círculo de amizades, nos deixa atentos (...) encontrei união e solidariedade entre os membros (...) aprendi o que significa andar em grupo, união e companheirismo entre colegas e amigos";

"Aprendi a não discriminar ninguém e fiz amizades que nunca achava que iria fazer";

"A moto representa uma busca incessante de altruísmo, de confraternização, de amizade, companheirismo, sem considerar a posição social de cada um (...) é o milagre da solidariedade";

"A moto remete às origens, ao espírito de solidariedade, companheirismo";

"Nunca fiquei ou deixei alguém de moto em uma estrada, parado. Ou seja, se o problema surgiu, acaba sendo um incentivo para fazer novos amigos, dar boas risadas e quem sabe até termine em churrasco enquanto a moto aguarda reparos";

"Cada motociclista neste imenso palco na vida é antes de tudo um amigo solidário que me dá a certeza de que nunca estarei só".

De acordo com o terapeuta familiar Carlos Sluzki, autor do livro "A Rede Social na Prática Sistêmica", ter o que ele denominou "uma rede social significativa", como a do Pégasus MC, por exemplo, contribui para a prevenção no campo da saúde mental. Isso porque as "fronteiras do indivíduo não estão limitadas por sua pele, mas incluem tudo aquilo com que o sujeito interage (...) Todo o conjunto de vínculos interpessoais do sujeito: família, amigos, relações de trabalho, de estudo, de inserção comunitária e práticas sociais."

Ou seja, vínculos significativos nos fornecem identidade, a qual é construída e reconstruída no decorrer de nossas vidas, com base na interação com os outros e no significado que adquirem junto à nossa história. Através da possibilidade de pertencer, podemos entrar em contato com as nossas próprias forças e até características que estavam em nós adormecidas.

Pelos depoimentos acima, corroboram-se as idéias de Carlos Sluzki, de que fazer parte de um grupo contribui para o bem-estar e reduz o stress, como poderá ser constatado nos colocações a seguir.

Estresse

De acordo com a psicóloga e pesquisadora Marilda Lipp, estresse é "o estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo". Os principais sintomas são: "tensão muscular, tais como dor na nuca, azia sem causa aparente, esquecimento de coisas corriqueiras, irritabilidade excessiva, vontade de sumir de tudo, sensação de incompetência, ansiedade, cansaço ao levantar e sentir que nada mais vale a pena".

Mais de 50% das respostas incluíram o alívio das características mencionadas acima como outro efeito positivo da moto:

"Quando estou na moto, as preocupações e dissabores passam";

"A moto para mim é uma terapia, há descontração e afastamento de problemas";

"Quando estou na moto esqueço todos os meus problemas, fico mais tranqüilo e em paz comigo mesmo";

"Liberdade e fuga da dura realidade vivida no dia-a´-dia";

"Não há estresse que sobreviva à sensação de liberdade que a moto proporciona";

"Descarga de stress e adrenalina";

"Quando saímos com nossos amigos para passeios, a moto nos faz esquecer dos problemas, nos auxilia a encontrar soluções, me faz pensar nas atitudes, em que eu posso melhorar, nos erros (...) a moto é minha analista";

"Foi ela (moto) quem tirou meu stress, pois estava a ponto de largar tudo em minha vida e ir para um lugar longe de tudo e todos devido à pressão no trabalho";

"Diminui meu stress; fico uma pessoa mais alegre, mais feliz";

"A moto me ajudou , me tirou da depressão e me ajudou na crise conjugal";

"A moto faz você encarar as dificuldades com bom humor";

"Assim que o vento bate no meu rosto, leva embora meus problemas";

"Depois que viajei 4 mil km de moto, meus problemas no ombro passaram".

Pelas respostas acima é possível perceber que a moto é um instrumento que contribui para o equilíbrio do corpo e da mente. Podemos pensar que a moto ajuda a lidar com as pressões do cotidiano, pois no momento em que se está pilotando ou envolvido com suas demandas, há um "desligamento" ou afastamento das dificuldades cotidianas, que ganham outra dimensão.

A moto na verdade é o agente de copping, ou seja, é uma forma de lidar com o estresse e agentes estressores, como diriam os especialistas.

Daí os motociclistas se referirem a ela como algo benéfico, pois para quem gosta, é um grande prazer, que contribui para a saúde através de inúmeras sensações agradáveis, restauradoras do bem-estar. Uma das principais é a sensação de liberdade, analisada a seguir.

Sensação de liberdade/desafios

Dominar uma máquina e superar desafios são atitudes muito positivas para a auto-imagem das pessoas, pois as conectam com o sujeito histórico de cada uma, aquele que contém as origens do acontecer humano - desde as cavernas, o homem se movimentava na natureza em busca de sustento:

"A moto remete às origens, ao espírito de aventura, de desbravamento";

"Senti com a moto a alegria da redescoberta do prazer da aventura, independente da idade, rompendo barreiras";

"Andar, sentir o vento no rosto, a sensação de liberdade, dominar aquela máquina, estar em contato com a natureza, é tudo de bom";

"Liberdade com responsabilidade";

"Nos proporciona um estado de espírito inigualável pela liberdade que nos dá";

"Um sentimento de liberdade. Andar de moto nos dá a sensação de estarmos como um pássaro, voando baixo, pois não tem nada nos engaiolando";

"A motocicleta representa uma busca incessante de liberdade";

"O contato com as sensações são sentidas na pele, no rosto, o tempo deixa de ser importante";

"Contínua sensação de contato com a natureza";

"A moto marca muito minha vida, pois é um desafio e todo desafio é fascinante";

"O ronco do motor e as manobras de pilotagem me fazem um forte, um desbravador";

"Com a moto sou inteiro, único, ela é parte do meu corpo e me transporto para a vida"

Mesmo com toda evolução humana e tecnologia, a necessidade de contato com a natureza e a liberdade continua evidente e necessária para as pessoas, servindo também como mais uma forma de bem-estar.

As falas acima atestam a importância do desafio, do desbravar, da sensação de liberdade de quem está conectado com a natureza, nossa grande Mãe. Ninguém nos ensina tais sensações, elas simplesmente acontecem, como se já estivessem em nós adormecidas, prontas para serem resgatadas. Herança histórica, de longínquos antepassados, impossíveis de negar. O bonito é que a moto integra evolução e tecnologia (presente e futuro) com o passado.

Considerações finais

"Moto é um veículo para quem gosta de gente"

Se pensarmos nas palavras do psicanalista Gilberto Safra: "A travessia da vida é feita por uma linha estreita somente possível pela presença do outro", o grupo de moto contribui para o acontecer humano.

A moto propicia a criação de contextos de reflexão e de novos contatos pessoais. Como 'instrumento intermediário' entre o indivíduo e o grupo, a moto é um agente favorável na construção de novos significados para a vida das pessoas.

Os internautas podem até perguntar se outros esportes e atividades também não têm essa função e aí cabe a eles próprios descobrirem, a partir dos grupos dos quais participa. Escrevi sobre a moto pois faço parte desse universo há quase 5 anos, seja como motociclista ou garupa. Nesse tempo, pude ver e viver situações que me impressionaram e que me estimulam a continuar junto e aprender.

Outros internautas podem me questionar sobre o perigo de andar de moto e darem exemplos de acidentes. Daqueles que tenho conhecimento, a maioria foi por algum motivo relacionado com a não observação dos limites e regras de segurança. É importante ressaltar que ter moto implica em responsabilidade - consigo mesmo e com o outro. Fatalidades acontecem em qualquer situação de vida, mesmo atravessando a rua. Viver é correr riscos.

Para encerrar, citarei Deborah Dubner, psicóloga e escritora: "O nosso verdadeiro lugar é apenas o lugar de nossa existência. Libertar é tirar o véu entre o nosso olhar e a vida, pouco a pouco, para encontrar nosso verdadeiro lugar. O lugar onde nossa alma sorri e onde nosso coração bate forte, como as batidas de um tambor".

Desejo de coração que cada um encontre seu lugar na vida, seja sobre uma moto ou não

Chegada em Floripa

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Viagem para São Paulo

Sai às 15 hs de Floripa em direção a SP. Foi uma tocada tranquila, com muito sol e uma vontade louca de pilotar.
Em Itajaí estavam consertando a ponte sobre o Rio Itajaí-Açu e a fila ia de Itajaí até Itajuba e alí, pelo fato de estar em cima de uma moto, demonstrou o quanto é prazeroso nosso esporte, porque enquanto eu ia com o vento me levando os motoristas dos carros se mostravam indignados com a situação.
A noite estava supimpa, sem neblina, sem chuva e apenas com um pouco de frio, o que me fez tocar direto até SP, onde cheguei às 22 hs. Horário bom pq a Marginal estava livre e isso me permitiu chegar em segurança em meu destino.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De Floripa a Posadas - Arg. 8.880 km

Hoje tirei parte do dia para resolver o problema de transmissäo da moto. Consegui a relaçäo completa e a troca foi feita. Saímos as 14 hs de Corrientes e conseguimos chegar apenas em Posadas (312 km de Corrientes). Náo tem foto pois foi um dia de peixe. Era muita água.
Amanhä chego em Cascavel onde o pessoal do Cobras do Asfalto estaräo nos aguardando com um big churrasco (sem pollo nem papas fritas).

Luiz, recebi a msg no celular e naquele momento estava parado na estrada tentando desligar o alarme da moto que começou a dar pane. O rastreador ficou muito tempo dentro da oficina onde tgroquei a relaçäo e deve ter sido isso, perdeu o contato.

Dica: Näo instale essa m..... que da problema.

Abraços e atré depois de amanhä em Floripa

Trecho percorrido - De Floripa a Corrientes - 8.550 Km

De Floripa a Corrientes - Arg. - 8.720 km


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domingo, 9 de janeiro de 2011

Resumo do dia - De San Pedro do Atacama - Chile / Salta - Arg. - 585 km

Paso de Jama todinho meu e dessa vez de forma integral, isso porque em 2007, quando vim assistir ao Mundial de Enduro Six Day em La Serena, retornamos por esse Paso e ficamos com problemas mecanicos no Moto-home a 4.400 m.s.m.n. a noite e com temperatura de -14º. Simplesmente maravilhoso esse Paso. As fotos falam por sí. Altitude máxima de 4.840 m.s.m.n. Pouco frio e muito visual até Purmamarca. Chegando em Jujuy muita chuva.

San Pedro do Atacama

Laguna



Laguna Grande

Chegada em Salta